O tratamento para Doença de Parkinson mudou bastante nas últimas décadas, mas antes de explicar quais são as principais abordagens, é preciso entender melhor essa condição. A Doença de Parkinson é uma patologia degenerativa, que afeta progressivamente áreas específicas do cérebro.
Entre os principais sintomas, destaca-se o tremor em repouso, rigidez muscular e lentidão nos movimentos voluntários. Além disso, alguns pacientes podem ter algum tipo de comprometimento cognitivo ou até desenvolver demência.
O objetivo do texto é demonstrar as opções em relação ao tratamento para Doença de Parkinson e trazer um panorama sobre essa condição.
Doença de Parkinson: o que é, sintomas e diagnóstico.
Resultado da degeneração de uma região do cérebro que ajuda na coordenação dos movimentos, a Doença de Parkinson compromete o equilíbrio dos pacientes. Assim, o estudo dos sintomas é primordial para diagnosticá-la corretamente.
Como o Parkinson progride rapidamente, é comum que, eventualmente, leve à incapacidade grave e à imobilização. Agora que você entendeu o que é a doença, o ideal é saber com mais profundidade sobre os principais sintomas e o diagnóstico.
Sintomas comuns da doença de Parkinson
A bradicinesia é um dos sintomas mais comuns que consiste na redução e no comprometimento da amplitude dos movimentos. Além disso, existem os tremores involuntários, que ocorrem nas mãos ou dedos e acontecem com mais frequência quando a pessoa está em repouso.
A rigidez muscular e a instabilidade postural também são frequentes, entretanto, há outros sintomas não motores que podem reduzir a qualidade de vida, por exemplo: transtornos do sono, suor e salivação excessiva, dor e urgência urinária.
Diagnóstico da Doença de Parkinson
As causas da Doença de Parkinson são desconhecidas, mas fatores genéticos, ambientais e neuroquímicos podem contribuir. Segundo a OMS, 1% da população mundial com idade superior a 65 anos tem Doença de Parkinson.
Além disso, o risco aumenta com a idade, especialmente após os 60 anos. É um diagnóstico complexo, feito por um neurologista que avalia histórico clínico, sintomas e pode realizar um exame físico detalhado. Em casos de dúvida, podem ser necessários exames adicionais.
Avanços no Tratamento para Parkinson: o que é a A Terapia DBS (ou Neuromodulação) ?
Os avanços no tratamento da Doença de Parkinson são essenciais não só para os pacientes, mas também para as famílias que enfrentam desafios como mobilidade reduzida e frequentes problemas de equilíbrio que podem causar quedas e lesões.
À medida que a doença progride, a dependência de outras pessoas para atividades diárias aumenta, impactando emocional e psicologicamente tanto o paciente quanto os cuidadores, que podem sofrer estresse e exaustão.
Entre os principais tipos de tratamento para Parkinson, destacam-se:
Tratamentos convencionais.
A fisioterapia é uma boa alternativa, porque pode auxiliar na melhora da mobilidade, equilíbrio e postura. O seu papel é importante, uma vez que proporciona uma melhora no estado físico geral do paciente.
Fazer fisioterapia também ajuda a restaurar e manter a independência para realizar as atividades físicas diárias. O ideal é que a terapia vise:
- Diminuir limitações como rigidez, lentidão nos movimentos e alterações posturais;
- Manter ou melhorar a amplitude de movimento para prevenir contraturas e deformidades;
- Melhorar marcha, coordenação e equilíbrio;
- Prevenir quedas;
- Elevar a capacidade pulmonar e resistência física geral.
- A fonoaudiologia também é uma forma de tratamento para alguns sintomas da Doença de Parkinson, já que ajuda a reduzir a dificuldade de falar e de engolir. Além disso, a psicoterapia é importante para lidar com o impacto emocional que a doença traz.
Os tratamentos convencionais são úteis para retardar ou estabilizar a evolução do Parkinson. No entanto, a escolha dos tipos de terapias varia segundo a equipe médica, estado da doença e outras questões adicionais.
Neuromodulação para tratar Parkinson.
A Terapia DBS (Deep Brain Stimulation), também conhecida como estimulação cerebral profunda, consiste em uma técnica de neuromodulação onde são implantados cirurgicamente eletrodos em áreas-alvo do cérebro, chamados gânglios da base.
Após a inserção dos eletrodos, um gerador de impulsos é implantado sob a pele, geralmente na região do peito. Assim, os eletrodos do cérebro são conectados a esse gerador por meio de fios subcutâneos, sendo posteriormente ativados e programados.
O processo de implantação dos eletrodos e do gerador é realizado por meio de uma neurocirurgia. O pós-operatório e o tratamento são acompanhados de perto pelo Neurocirurgião Funcional ou Neurologista, que irá ajustar os parâmetros de estimulação conforme as necessidades de cada paciente.
Atualmente essa é a melhor opção para tratar as chamadas complicações motoras que surgem com avanço da doença. Com um profissional capacitado os resultados são únicos, promovendo mais qualidade de vida para o paciente.
Vantagens da estimulação cerebral profunda (Terapia DBS)
Muitas pessoas se perguntam como tratar o Parkinson com a estimulação cerebral profunda e quais vantagens para o paciente. Por ser uma intervenção neurológica de baixo risco, é possível controlar a intensidade dos estímulos.
Em relação aos benefícios, a Terapia DBS se destaca como um tratamento para Doença de Parkinson capaz de proporcionar:
Redução dos sintomas motores.
A partir da utilização da neuromodulação, obtém-se uma redução significativa dos tremores e da rigidez muscular. Consequentemente, o paciente melhora também a amplitude do movimento e a sua flexibilidade.
Por reduzir a lentidão dos movimentos e facilitar as atividades diárias, como se vestir, por exemplo, a Terapia DBS pode tornar a pessoa mais independente, embora isso varie conforme o caso.
Destaca-se também a redução das discinesias induzidas por medicamentos, ou seja, movimentos involuntários causados pelo seu uso prolongado.
Diminuição da dependência de medicamentos.
Um dos principais benefícios que a Terapia DBS traz é a redução da dosagem de medicamentos contra o Parkinson. Ao diminuir a quantidade, é possível reduzir os efeitos colaterais, como fadiga e náuseas.
Melhoria da qualidade de vida.
Com a melhoria dos sintomas motores e a redução dos efeitos colaterais dos remédios anti-parkinsonianos, os pacientes se sentem mais dispostos a participarem de atividades sociais e recreativas, algo que antes era praticamente impossível.
Efeito sustentado por mais tempo.
A Doença de Parkinson é progressiva, o que faz com que a eficácia de algumas medicações diminua com o tempo. Por outro lado, a neuromodulação pode retardar a evolução dos sintomas a longo prazo.
Ajustabilidade.
A Terapia DBS permite ajustes dos parâmetros de estimulação conforme a condição do paciente. Essa personalização atende às necessidades individuais, adaptando-se conforme o paciente evolui.
Segurança.
A neuroestimulação para Parkinson é um tratamento seguro, uma vez que o dispositivo pode ser desligado ou removido. Contudo, com tantos efeitos positivos, é improvável que o paciente deseje retirar.
Melhora do sono.
A redução dos sintomas é importante para o sono, uma vez que estes interferem na sua qualidade. Consequentemente, ao dormir bem o paciente experimenta uma melhora também no seu humor.
Os avanços no tratamento para Doença de Parkinson demonstram a importância da estimulação cerebral profunda para proporcionar mais qualidade de vida aos pacientes. Esse procedimento tem transformado o quadro de milhares de pessoas perante a evolução da doença.
Se você tem alguém com diagnóstico ou suspeita de Doença de Parkinson na sua família, não deixe de buscar ajuda profissional qualificada para encontrar soluções eficientes. A Terapia DBS é uma delas, trazendo boas condições de vida tanto para o paciente quanto para a família.