Você pode saber se tem Parkinson ao notar a combinação de tremores em repouso (como movimentos ritmados nas mãos ou braços), rigidez muscular que dificulta movimentos simples, ou lentidão ao iniciar ações cotidianas — e isso somado a sintomas não-motores, como perda de olfato, distúrbios do sono (movimentar-se muito durante o sonho) ou constipação persistente.
Se esses sinais estiverem presentes e prejudicarem suas atividades diárias, é fundamental agendar uma consulta com um Neurologista ou Neurocirurgião Funcional, que avaliará seu histórico, examinará sua resposta a medicamentos como a levodopa e poderá solicitar exames de imagem para confirmar o diagnóstico. Neste artigo, detalhamos os principais sinais que podem trazer a suspeita do diagnóstico. Boa leitura!
Sintomas Motores Clássicos
Os sintomas motores são os mais conhecidos e levam frequentemente o paciente a buscar avaliação neurológica. Os três principais são:
- Tremor de repouso
- Movimentação rítmica de mãos, braços, pernas ou queixo, principalmente quando em repouso.
- Geralmente surge em um lado do corpo antes de se tornar bilateral.
- Rigidez muscular
- Sensação de “travamento” ou resistência ao movimento passivo dos membros.
- Pode causar dor e limitar a amplitude de movimento.
- Bradicinesia
- Lentidão para iniciar e executar movimentos voluntários.
- Dificuldade para atividades diárias, como levantar de uma cadeira, vestir-se, escovar os dentes ou escrever.

Sinais Não-Motores Importantes
Além dos sinais motores, a Doença de Parkinson também apresenta manifestações não-motoras que podem anteceder o diagnóstico em anos:
- Distúrbios do sono: tendência a ter “sonhos vívidos” tais como chutes, socos ou gritos durante os sonhos (transtorno comportamental do sono REM).
- Alterações no olfato: perda ou diminuição do cheiro (anosmia).
- Mudanças no humor e cognição: depressão, ansiedade, apatia e, em fases mais avançadas, comprometimento de memória e atenção.
- Sintomas autonômicos: constipação crônica, hipotensão postural (queda de pressão ao se levantar) e sudorese excessiva.
- Dor e desconforto: dores musculares ou articulares sem causa aparente.
Como Saber se Tenho Parkinson?
Para ajudar na identificação precoce, responda às perguntas abaixo:
- Sinto tremores quando estou em repouso, mesmo sem mexer os membros?
- Percebo rigidez nos braços ou pernas ao me movimentar?
- Notei lentidão em tarefas simples, como abotoar uma camisa ou escrever?
- Tenho alterações de sono (pesadelos, movimentos bruscos) ou sonolência diurna?
- Perdi o olfato ou notei cheiro diferente de alimentos e perfumes?
- Sofro de constipação crônica sem razão aparente?
- Apresento mudanças de humor, como tristeza, ansiedade ou apatia?
Se você marcou três ou mais itens, procure um Neurologista ou Neurocirurgião Funcional para avaliação detalhada!
Passos Práticos ao Suspeitar de Parkinson
Agende uma consulta com neurologista
Leve anotações dos sintomas e a data de início de cada um. Se possível, grave pequenos vídeos mostrando tremores ou lentidão.
Realize exames complementares
Ressonância magnética (RM) ou tomografia computadorizada (TC) para descartar outras causas. Testes de olfato e avaliação neuropsicológica em centros especializados.
Avaliação da resposta à levodopa
O neurologista pode indicar um teste com levodopa para avaliar a melhora dos sintomas motores, reforçando o diagnóstico.
Monitore regularmente
Sinais podem evoluir com o tempo; mantenha um diário de sintomas. Avaliações periódicas permitem ajustes de tratamento precoces.
Tratamentos e Cuidados Iniciais
Terapia medicamentosa: medicamentos como a levodopa e outros que imitam a dopamina no cérebro ajudam a reduzir tremores, rigidez e lentidão nos movimentos.
Fisioterapia e terapia ocupacional: melhoram equilíbrio, coordenação e independência nas atividades diárias.
Estimulação Cerebral Profunda (DBS): opção cirúrgica para pacientes com resposta flutuante à medicação e sintomas incapacitantes.

Mantenha a Qualidade de Vida
Praticar atividades físicas regularmente, como caminhar, nadar ou fazer exercícios que trabalhem força e flexibilidade, ajuda a manter o corpo ativo e coordenado. Além disso, uma alimentação balanceada — rica em fibras para evitar a constipação e em alimentos antioxidantes para proteger o cérebro — faz toda a diferença no bem-estar diário.
Ter uma boa rotina de sono, com horários regulares, quarto escuro e longe de telas eletrônicas antes de dormir, também é essencial para recuperar energia e manter a saúde mental. Por fim, contar com uma rede de apoio, seja em grupos de convivência ou associações de pacientes, oferece acolhimento, troca de experiências e informações valiosas para enfrentar melhor os desafios.
Conclusão
Identificar “como saber se tenho Parkinson” envolve observar uma combinação de sintomas motores e não-motores. O diagnóstico precoce permite acesso rápido ao tratamento, retardando a progressão e melhorando a qualidade de vida.
Se você suspeita de Parkinson, não deixe de procurar um Neurologista ou Neurocirurgião Funcional e seguir um plano multidisciplinar. Compartilhe este guia para ajudar outras pessoas a reconhecerem os sinais e iniciarem o cuidado adequado!